quarta-feira, 28 de agosto de 2013

MOINHOS DE PAPEL

 
Texto que há muitos anos escrevi e foi publicado no jornal Diário do Alentejo

terça-feira, 27 de agosto de 2013

BERNARDO


Conhecia-o  da rua, de entrar de sair do prédio, das voltinhas ao quarteirão para passearmos os canídeos. Trocávamos cumprimentos e palavras de ocasião a propósito do tempo ou sobre as graças e manias dos nossos passeantes.
Há anos, comecei a vê-lo fardado de bombeiro, quando ia ou vinha do quartel,  compenetrado e mais enérgico, mas sempre com a mesma simpatia, o mesmo sorriso, os mesmos gestos com que educadamente abria ou segurava a porta, para me deixar entrar quando me via com as mãos embaraçadas com sacos ou malas.
Hoje, à hora de almoço estremeci com a notícia da sua morte num incendio .
Sinto na garganta o garrote da tristeza e no peito a amargura de saber que injustamente, partiu uma pessoa boa, um jovem de 23 anos,  recém-licenciado, dotado de uma imensa generosidade que o levava a colocar os outros à frente de si mesmo .
 Por isso,  há dias, apesar de não estar de serviço, voluntarizou-se para ir enfrentar as chamas que o levaram, só porque "era esse o seu dever" , como disse à mãe , antes do ultimo beijo.




terça-feira, 20 de agosto de 2013

SOL E SOMBRA

Sol e sombra decalcados na brancura da cal

FRAGIL

Frágil, como nós, como o belo e tudo aquilo que é efémero. Frágil como a vida e a circunstancia do ser ou do ter.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

LUAR DE AGOSTO


O sol abrasou e mesmo depois de se esconder, deixou atras de si um bafo de fogo.
No céu, no lado oposto ao ocaso, uma lua linda ia nascendo sedutora  e não tardará a dar-nos um luar magnífico.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

TRANQUILIDADE


Aqui, longe de tudo e todos, respiro a tranquilidade que preciso. Os sons que oiço são os cantos dos pássaros, os chocalhos dos rebanhos e o zumbido dos insetos. Solto-me, perco-me nesta paz que me eleva e refaço  itinerários com  passagem obrigatória pelo que desejo.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

NÃO ME CANSO


Não me canso de as tratar com os mimos do olhar, falando-lhes baixinho do apreço que lhes tenho e dando-lhes a água que elas se encarregam de transformar na seiva  fazedora do viço, da beleza , do perfume e da cor.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

IR E FICAR

Praia da Rocha


A NOITE É O SEU DIA

A noite é o seu dia e na escuridão busca e encontra o que mais precisa. Em voos silenciosos percorre o seu espaço, soltando chamamentos de ora em quando, para ter a companhia desejada.

ESTA NOITE ADMIRE O CÉU

Quando for noite  cerrada, dirija-se um lugar tranquilo e pouco iluminado.
Fixe os olhos no céu e surpreenda-se com a beleza de presenciar uma chuva de estrelas.
( foto jornal Akademia) 

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

CÉU E MAR

 
Ericeira 

PALAVRAS E SABORES


Com o Janita Salomé, falando da vida, dos afetos, do cante, desta terra a que pertencemos e dos sabores que os alquimistas aqui inventaram e nós apreciamos.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

COPENHAGA



MALMO


RAINHAS DA PRAIA

 
Todas as tardes vêm em bandos para reconquistar o areal que os veraneantes em magotes coloridos ocupam todas as manhãs


FICO RENDIDO

 
Fico rendido sempre que vejo uma planta assim, exótica, extravagante , tão bela . Fala-me de outros mundos, de bosques exuberantes , de aguas frescas correntes, de pássaros coloridos, de cantos estridentes, de fauna diversa que os homens aniquilaram.

ANOITECE

 
Nas salinas

SOL E SEIVA

 
No alto da árvore, feita de seiva e sol, a pinha vai amadurecendo.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

NO GUADIANA



NA AREIA

 
No Ferragudo, um castelinho na areia

O MAR

 
É no campo que gosto de semear os meus passos e colher as emoções maduras que a terra me devolve. Mas o mar deslumbra-me,  tanto quanto me assusta. 

OLHAR

 
É pelo olhar que o mundo entra em nós e é por ele também que deixamos escapar quem somos

COM TEMPO

Com tempo para ficar enquanto apetecer, com sede no olhar para beber tudo o que se avista e com desejo para fruir avidamente cada instante

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

PERNOITAR À BEIRA RIO

 Num  entardecer quente, fiquei deliciado , até ser noite,  deitando ao rio os pensamentos de que me libertava e  era bom vê-los partir a caminho do mar

DORMINDO NO RIO

Dormindo no rio, o barquinho balança ao sabor da aragem  , a descansar de uma faina longa .

PONTE

Do Guadiana


NO MEIO DA RELVA

No relvado que circunda a piscina de um "parador" , o pardal procura calmamente e vai encontrando o seu sustento, já habituado ao linguarejar , aos gestos e à passagem das gentes estranhas pelo seu território

NA NOITE DE VERÃO

Na noite quente, sentei-me junto ao rio, contando as pessoas que passavam na rotina do passeio a que as férias obrigam e reparei que para os reflexos das águas poucas olhavam .